Histórico
O Curupira surgiu em 2002 com a proposta de ser um grupo de teatro diferenciado. Um lugar onde os atores poderiam trabalhar a si mesmos e desenvolver, nesse ambiente, condições para concretizar seus sonhos e desejos.
Logo na sua primeira incursão (“Esperando Godot” – de Beckett) já manifestaram-se algumas falhas, e também a decisão de basear nelas a busca por um pensar próprio.
Foi percebido que, para o ator poder trabalhar a si mesmo e realizar seus objetivos, para que o ser humano em questão pudesse dinamizar seus anseios e transformar o que lhe aprouvesse em manifestação cênica, era necessário, antes de tudo, técnica. Era necessário ter conhecimento prático de suas habilidades e capacidades, para que o indivíduo conseguisse potencializar-se enquanto ser criativo e atrativo. Enfim, era necessário ter técnica para que o ator pudesse ser considerado como ator, e ser capaz de executar sua arte.
Partimos em busca dessa técnica. E nos defrontamos com escritos e resultados de diversos mestres em suas artes: Stanislavski, Meyerhold, Drecroux, Artaud, Grotowski, Barba, Burnier e outros. Chegamos a conclusão que não estávamos atrás de uma técnica para o ator, mas sim de várias.
Como o foco sempre foi o trabalho do ator, se tornou natural a busca de um processo individual. Não foi uma busca estética, ou estilística, o grande número de monólogos que criamos ao longo dos anos; mas um resultado natural. Nunca tentamos montar um espetáculo, eles aconteceram naturalmente, como resultado de uma pesquisa intensa, pessoal e única.
Os resultados são sempre postos à prova, através dos nossos constantes debates com a platéia após a execução dos mesmos. Com o debate tentamos ver se conseguimos firmar o solo e nos tornarmos donos da terra, para que possamos pavimentá-la ou transformá-la num jardim. Para podermos ser capazes de fazer o que quisermos.
Após seis anos de trabalho e sete espetáculos montados, conseguimos nos firmar e desdizer o passado. O Curupira ainda é, e cada vez mais, um ambiente fértil para o desenvolvimento da arte de ator.
Currículo
- Esperando Godot – 2002.
Texto: Samuel Beckett
O espetáculo cumpriu temporada em Santo André – SP e algumas apresentações por toda a região do Grande ABC - SP.
- Cartas Portuguesas – 2003.
Texto: Mariana Alcoforado.
O espetáculo cumpriu temporadas em São Paulo e Santo André.
- O Pequeno Monstro – 2004.
Concepção: Ronaldo Ventura
O Espetáculo cumpriu algumas apresentações em São Bernardo do Campo – SP.
- Âmbar – 2006
Texto: Ronaldo Ventura
Cumpriu temporada em São Bernardo do Campo; ganhou prêmio de Segundo Melhor Espetáculo na Mostra de Artes de Diadema – 2007, integrou a programação da Virada Cultural Paulista em 2008 e abriu a Mostra Minimalista de Petrópolis em 2008.
- Bi-do - O amor não escreve seu nome – 2007.
Concepção: Ronaldo Ventura
Espetáculo foi apresentado em Diadema, São Bernardo do Campo – SP, e foi convidado para encerrar a Mostra Minimalista de Petrópolis – RJ, em 2008
- Alecrim – 2007.
Texto: Ronaldo Ventura
Cumpriu temporada em São Caetano do Sul – SP, e em Petrópolis – RJ.
Espetáculo convidado para participar da Comemoração dos 30 anos do Teatro Abílio Pereira de Almeida de São Bernardo do Campo, em 2008
- A-5087 – 2007
Texto: Ronaldo Ventura
Espetáculo convidado para se estreado em Petrópolis – RJ. O que aconteceu no Teatro do Covil Imaginário em 2007. E também foi convidado para participar da Comemoração dos 30 anos do Teatro Abílio Pereira de Almeida de São Bernardo do Campo, em 2008
- Macaco Pelado – 2009
Texto: Ronaldo Ventura.
Espetáculo de rua. Foi apresentado em São Bernardo do Campo – SP